MORTALIDADE DE POLICIAIS MILITARES DO ESTADO DE SÃO PAULO – 2002 a 2006

Em tempos de intensa discussão sobre as peculiaridades da atividade policial-militar, que justificariam um sistema e um regime de previdência próprios, onde as particularidades não deveriam ser interpretadas como privilégios decorrentes dos níveis de periculosidade e insalubridade a que se expõe seus profissionais, a obra de PAULO SÉRGIO MERINO, sob orientação do médico professor doutor Luiz Francisco Marcopito, no programa de Mestrado em Saúde Coletiva da Universidade Federal de São Paulo, merece ser revisitada e difundida, como um dos poucos trabalhos com tamanho nível de profundidade científica.

Ementa elaborada pelo IBSP:

Trata-se de uma vasta (121 p.), profunda e inédita pesquisa exploratória apresentada pelo autor, enriquecida por bibliografia de estudos apresentados em agências policiais de outros países. A taxa de mortalidade de policiais-militares paulistas no período (2002-2006), tomada em sua totalidade e não por amostragem, foi calculada e demostrada segundo a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (10ª revisão), estabelecendo-se comparativo com a população civil do mesmo estado, para ao final se concluir que:

A taxa de mortalidade dos policiais militares foi inferior à atingida pela população (247,1 contra 450,5 mortes por 100 mil pessoas), possivelmente, este resultado inferior deve-se ao processo admissional que seleciona policiais mais saudáveis que a média populacional. Entretanto, a taxa de mortes naturais por causas definidas, em policiais com mais de 44 anos (doenças infecciosas e parasitárias; endócrinas, nutricionais e metabólicas; do aparelho circulatório e digestivo, de neoplasias e de transtornos mentais e comportamentais), foi muito superior à da população. Com relação à mortalidade por causas externas, a taxa de policiais militares foi 11% maior, com destaque ao suicídio com taxa duas vezes maior e acidentes de transporte, 26% superior. Os policiais militares de menor patente hierárquica atingiram taxas de mortalidade muito superior às de seus superiores”.

PAULO SÉRGIO MERINOhttp://lattes.cnpq.br/6142313185668956 ), Dissertação de Mestrado em Saúde Coletiva (2010. Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP, Brasil, Conceito CAPES 4). Título: “MORTALIDADE DE POLICIAIS MILITARES DO ESTADO DE SÃO PAULO – 2002 a 2006”. Orientador: Prof. Dr. Luiz Francisco Marcopito ( http://lattes.cnpq.br/1705951206278401 ).

Faça o Download da obra: MERINO (SP) TAXA DE MORTALIDADE PM UFESP

Texto integral da obra de livre acesso também disponível em:

http://repositorio.unifesp.br/bitstream/handle/11600/9828/Publico-062.pdf;jsessionid=37D26A2ED6EA20592251917C04DB9530?sequence=1

 

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