Doutora Daniele de Sousa Alcântara, Capitão da Polícia Militar do Distrito Federal e Associada do Instituto Brasileiro de Segurança Pública, disponibiliza sua tese “MUITO MAIS QUE SEGURANÇA”: IDENTIDADE PROFISSIONAL DE POLICIAIS MILITARES DO DISTRITO FEDERAL A PARTIR DE SUAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS, produzida no Programa de pós-graduação em Sociologia da Universidade de Brasília (UnB) no ano de 2017, sob orientação da Profa. Dra. Maria Stela Grossi Porto.
A tese investigou aspectos da identidade profissional de policiais militares da Polícia Militar do Distrito Federal por meio de dois bancos de dados, sendo o primeiro de 2011, referente à pesquisa do Núcleo de Estudos sobre Violência e Segurança Pública, sob coordenação da Doutora Maria Stela Grossi Porto.

A obra foi também publicada pela Editora CRV e pode ser adquirida em: https://editoracrv.com.br/produtos/detalhes/33622-muito-mais-que-seguranca-bridentidade-profissional-de-policiais-militares-do-distrito-federal-a-partir-de-suas-representacoes-sociais

O instrumento da pesquisa foi aplicado novamente em 2015, com a seleção de questões específicas do presente estudo. As amostras tiveram 1153 respondentes para fins estatísticos, sendo que na amostra de 2015 a PMDF passou exigir o nível superior para o ingresso de novos policiais.

Pelas representações sociais dos sujeitos da pesquisa acerca de si mesmo e do trabalho policial, foi possível apreender uma identidade profissional dinâmica e marcada pela distinção do outro principalmente no tocante à natureza da atividade policial e a missão de manter a ordem e garantir a segurança pública.

Os sujeitos evidenciaram uma identidade profissional voltada para a atividade operacional, ou seja, o serviço de rua, onde são “coisas de polícia” apreender armas, fazer abordagens e realizar prisões em flagrante. Logo, embora a ideia clara de manutenção da ordem e apoio a sociedade seja parte do discurso dos sujeitos, os mesmos expressam que a missão policial está ligada diretamente ao combate ao crime.

As diferenças marcantes entre os grupos se referem ao fato das praças expressarem os baixos salários e a falta de autonomia como dificuldades no serviço em ambas as amostras, enquanto os oficiais afirmaram que as maiores dificuldades estão em torno da política na polícia, e ambos os grupos afirma que o estresse da atividade é uma grande dificuldade.

A pesquisa e a forma como os dados foram trabalhados, evidenciaram um sistema de ação profissional fundamentado em um referencial comum no campo profissional, permitindo aos sujeitos disporem de um sistema de informações e de representações sociais que orientam, determinam e justificam sus práticas dentro de um denominador comum oriundo da noção de que “eu sou PM”, garantindo-lhe uma identidade profissional coletiva. As identidades são marcadas pela aprendizagem na formação, como também pela experiência prática e pelo contato com policiais mais experientes. Os dados explicitam que a identidade profissional de policiais militares da PMDF está em movimento no sentido da busca pela estabilidade profissional e por um serviço de qualidade prestado à sociedade.
Faça download em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/31900

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